.::. 3º Capítulo - Garota Diferente .::.

I thought that you were different from de moment that we kissed

Please, don't tell me you're just like them

Justin BIeber - Just like them ♫♪

->> Proposta + Enfrentamento <<-

______ P.O.V. Você ______

- Ei, garota - gritou uma menina atrás de mim

- Ah, oi

Era a menina que se sentou ao meu lado na primeira aula acompanhada por um garoto lindo, de olhos claros e cabelos escuros. Super gatinho, mas não queria algo mais do que amizade, já que estou "comprometida" com o Vinicius.

- Agente não teve tempo de se conhecer melhor da sala de Filosofia - falou o garoto - Meu nome é Lance

- Prazer Lance, o meu é (seu nome)

- Lindo nome como a dona

- Obrigada. E como é seu nome? - olhei para garota

- O meu é Amy

Sorrimos e o garoto pegou na minha mão não sei por que, me puxando para um abraço apertado e bem caloroso. Estava sentindo que iríamos ser grandes amigos. A partir de agora.

- Qual é a sua aula agora? - perguntou Amy sorrindo

- É Educação Física

- Ah - ela suspirou triste - A minha é de Matemática

- Eu vou ficar sozinha. Que chato - falei

- De jeito nenhum, eu também tenho Educação Física agora

- Que sorte - falamos juntos

Joguei meus livros dentro do armário e fui em direção do ginásio muito bem acompanhada de um garoto lindo e fofo. Pelo jeito ele vai ser o primeiro menino que vou me dar bem nessa escola.

Eu não me encaixava com ninguém, não que eu não fosse recebida, mas era porque não queria me misturar com lixo. Principalmente com aquele Jason McCann.

Ele acha que colocou medo em mim dizendo aquelas palavras bobas. Tem que ser muito mais para me fazer sentir medo de verdade aponto de mijar nas calças. Mas tirei esse garoto da minha mente e fiquei aprestando atenção no que o Lance falava.

Ele tinha um sotaque estranho, não parecia que era daqui do Canadá, mas não estava afim de perguntar. Talvez o convide para conhecer a minha casa, claro sem deixar de fora a louquinha da Amy, minha primeira e única amiga.

Entrando no ginásio não tinha ninguém ainda. Estava um silêncio e me fez falar com a minha voz interior. Era assim que eu gostaria que fosse a minha vida, silenciosa e calma, mas não é assim que a banda toca.

- Você é daqui? - perguntei me sentando na arquibancada

- Não, vim da Australia a poucos meses

- Deve ser lindo por lá

- E é. Talvez algum dia possamos ir lá juntos

Abaixei a cabeça e olhei pro lado. Nunca compartilhei minha história com ninguém, a não ser comigo mesma. Estava na hora de pedir opiniões de outras pessoas, mas ainda não estava pronta.

- Lance, eu não sei

- Tudo bem, sei que é difícil deixar os pais para passear com um amigo de escola

- Ah, eu moro sozinha

- Sozinha? - ele perguntou espantado e dando um sorriso safado ao mesmo tempo - Onde exatamente você mora?

- Fica há cinco quarteirões daqui, em uma casa verde bem clarinho

- Eu sei onde é. Eu moro por ali pertinho

- Hum... um amigo novo por perto

- Então o que me diz sobre a viagem? - ele perguntou dando um sorriso enorme

- Vou pensar na sua proposta com carinho

- Irie esperar a resposta ansioso

Exibi um sorriso simples e me encostei na parede da arquibancada. Fechei os olhos e fiquei pensando no rosto do meu primo. Das belas noites que passamos juntos, dos seus beijos saborosos e viciantes. Seus abraços e seus toques me levavam a loucura.

Meus pensamentos foram interrompidos por gritos de garotas que estavam sendo perseguidas por garotos populares. Peguei a mão do Lance e o puxei para se sentar ao meu lado. Seu braço me envolveu e depois deitei minha cabeça sobre seu ombro.

O professor entrou na quadra apitando que nem um louco e isso me sorrir um pouco. Meus olhos vagaram a quadra toda quando observei o Jason saindo do banheiro feminino de mãos dadas com uma garota bem bonita.

Revirei os olhos e voltei a aprestar atenção no professor que me olhava, calculando que eu precisava ser apresentada para turma toda.

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Que vergonha quando ele me chamou. Passei o maior vexame e ainda por cima o estúpido do Jason ficou fazendo gracinhas pro meu lado. Estava me segurando o máximo para não fazer nada com aquela cara de cafajeste e eu consegui.

Fui a primeira a ir pro vestiário me trocar. Antes que eu pudesse chegar no meu armário, escutei um ruído de choro vindo do canto da parede. Caminhei até lá e vi uma garota sentada no chão, com as pernas encolhidas e a cabeça dentro delas.

Me ajoelhei na sua frente e toquei na sua mão com calma. Ela me olhou com um pouco de espanto, mas depois suavizou o rosto limpando as lágrimas desesperadamente.

- O que houve? - perguntei - Por que você está chorando?

- Por que os meninos me odeiam?

- Eu continuou sem saber sobre o que está falando, pode simplificar um pouco - dei um sorriso forçado - Pode me dizer pelo menos o seu nome?

- É Alexandra. Acho que você sabe como sou chamada por ai? - ela começou a chorar - Eu sou uma estúpida mesmo, como fui acreditar que ele pudesse me amar de verdade

- Já posso ter uma noção de quem fez isso com você. Foi o Jason?

- Você o conhece?

- Não e nem estou afim de conhecê-lo. Quero manter distância e você deveria fazer o mesmo

- Mas eu o amo

- Não, você não o ama, apenas está iludida - me levantei e puxei seu braço para ficar de pé também - O que ele fez com você?

- Ele fica comigo e depois me joga fora como se eu fosse um lixo. Hoje de manhã mesmo me bateu

- Ele o que? - gritei de raiva

- Ei, o que você vai fazer?

Não respondi a sua pergunta, apenas sai do vestiário soltando fumaça pelo nariz. Jason passou dos limites. Meu primeiro dia de aula e já estava me estressando desse jeito. Amanhã mesmo eu não vou vim. Já estava começando a sentir dor de cabeça novamente.

______ P.O.V. Jason ______

- Porra, vocês não sabem o que eu vi ontem - falou Chaz

- Claro que não sabemos, seu idiota - falei sorrindo

- Engraçadinho. Mas é sério, ontem eu vi a professora de português fazendo um boquete no diretor

- Aonde cara? - perguntou Ryan surpreso

- Tava passando pela sala dele e sem querer olhei. Até gravei tudo

- Cadê o vídeo? - perguntei me levantando e agarrando uma garota que estava usando um short bem curtinho

Peguei o telefone e Ryan se chegou mais para ver a palhaçada da professora com o diretor. Eles ainda tem coragem de dizer que somos piores, vê se pode. Eu não parava de sorrir e a menina ficava tocando no meu pênis com força.

- Como você tem coragem de machucar uma garota? - ouvi alguém gritar e bater no meu ombro com força

Me virei e recebi o que menos esperava. Uma tapa estralou no meu rosto e fez com que todos parassem o que estavam fazendo e olhassem a palhaçada que estava acontecendo. O professor estava pasmo e segurava o braço da (seu nome) que estava a ponto de pular em cima de mim.

- Perdeu o medo do perigo, sua rapariga? - gritei e chegando perto dela

- Como teve coragem de machucar uma garota indefesa? Você é um covarde

- Olha aqui você vai aprender a nunca mais mexer comigo

Peguei seu braço com força e a puxei para fora da quadra. Ela se debatia e arranhava meus braços. Todos, inclusive o professor, ficaram onde estavam pois sabiam o que iria acontecer se viessem atrás de mim.

Os corredores do colégio estavam silenciosos então nada me impedia que eu fizesse alguma coisa com ela. Sai do prédio e abri meu carro a jogando no banco de trás e entrando logo em seguida.

- Ficou louca? Não tem amor a vida? - peguei uma arma - Pois posso tirá-la aqui e agora

- Me mata - ela gritou - Me mata se tiver coragem

- Nunca mais faça isso, pois você não sabe do que eu sou capaz

- Encosta um dedo em mim e eu vou te mostrar do que eu sou capaz

Não estava aguentando ver aquela garota ali na minha frente sem fazer nada. Abaixei a arma e puxei seus cabelos com força. Ela bateu no meu rosto de novo e dessa vez eu revidei, não iria levar fama de homem que apanha de mulher.

Bati duas vezes na sua cara e ela me olhou com desprezo, com ódio e com pena. Não sei o que aqueles olhares significavam, mas não deixei que ela se explicasse.

- Não quero mais fazer isso com você então nunca mais me enfrente desse jeito, estamos entendidos?

- Por que machuca as mulheres?

- Isso não é da sua conta

- Mas eu quero entender por que você é assim. Por que você trata as pessoas como se elas fossem lixo?

- Para mim elas são um lixo

- Lixo é o que você está se transformando. Acha mesmo que vai conquistar alguém desse jeito? Sabe o que eu sinto de você? Pena, eu sinto pena - ela fez uma pausa - Você tem medo de mostrar quem verdadeiramente é. Fica se escondendo atrás dessa bravura como se adiantasse

- Sai do meu carro agora, sua vadia

- Pode me julgar a vontade, mas fique sabendo que nada disso me afeta. O que vem de baixo não me atinge

Ela abriu a porta do carro e saiu em disparada para a escola. Sentia raiva dessa garota porque ela estava falando era verdade. A minha vontade era de matá-la, mas não tinha coragem.

Não estava mais com cabeça de assistir aula, então dirigi em direção do meu esconderijo e liguei pro Ryan para que ele me encontrasse acompanhado do Chris e do Chaz.

Não tinha nada que me animasse agora, a não ser matar alguém ou roubar. Essa menina ainda me tira do sério. Vou acabar ficando louco. Mas o que mais intrigava era que eu sentia que precisava protegê-la, não sei por que mas o pior estava por vir.

Estacionei o carro e bati a cabeça sobre o volante para ver se conseguia tirar as palavras dela da minha mente. Minha respiração estava tão pesada que achei que aquele seria o meu último suspiro.

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- Ei, cara - falou Ryan batendo no vidro

Não havia sem percebido, mas acabei dormindo no carro. Minha espinha doía, minhas pernas estavam dormentes e minha cabeça latejavam tanto que estava a ponto de explodir. Desci do carro e entramos na sala do apartamento.

Me joguei no sofá e olhei pro teto. Não sabia o que iria fazer em relação a (seu nome), mas eu precisava dar um sumiço nessa filha da puta. Ela vai estragar a minha reputação de machão.

- Temos que matá-la - falei

- Por qual motivo? - perguntou Chaz abrindo uma lata de cerveja

- Cara, você viu o que ela fez hoje? Se eu deixar, ela vai se sentir a gostosa e eu um fracote - fuzilei os três - Vamos sequestrá-la, quer dizer, vocês vão sequestrá-la

- Mas, Jason, como vamos fazer isso? Os pais dela podem perceber o seu sumiço

- Foda-se, eu quero que ela suma

Bufei para poder tirar o estresse que estava sentindo. Não queria nem saber o que eles iriam fazer com ela, apenas estava implorando para que essa infeliz saísse do meu caminho de uma vez por todas.

Pensando melhor, antes de morrer, eu vou dar uns pegas nela. Aquele corpo era perfeito demais para ser jogado fora antes de provar o papai aqui. Ela não vai recusar, eu tenho certeza.

- Quer saber, só a sequestre - falei me levantando - O resto deixa comigo

- Ai, você quer pegar aquela gata sozinho? Nem fodendo - reagiu Chris

- Eu não quero que ninguém encoste nela até chegar aqui no meu apartamento

Falei para sentirem medo mesmo de mim. Podem ser meus amigos, mas se eu ver alguma marca no corpo dela, eu juro que mato os três. Não vou ter nenhuma pena, ela vai ser só minha. Só minha.

Não era machismo, mas... Não, mentira, era machismo sim.

Expulsei todos os três de lá e fui tomar um banho. Tinha que ficar perfumadinho, porque hoje tinha e não era com uma mulher qualquer. Era com A Mulher.

______ P.O.V. Você ______

O dia foi longo, mas bem que eu gostei tirando uma parte que o Jason me enfrentou e acabou batendo no meu rosto. A minha raiva não foi isso, e sim porque descobri que o Jason era um infeliz e que não tinha ninguém na sua vida que o amasse.

Esse fortão que ele mostra ser não é ele de verdade. A máscara está muito bem fixada no seu rosto. Quando fiquei diante dele naquele momento, pudi perceber que o seu olhar não tinha nenhum brilho. O que será que esse garoto escondia e tinha medo que alguém descobrisse?

Enquanto colocava os livros que ia precisa na bolsa, Lance e Amy estava conversando e programavam ir algum dia lá em casa. Estava me sentindo lisonjeada por esse carinho dos dois, pelo menos assim não me sentiria mais só.

- Bem, gente, eu vou indo - falei

- Hum - suspirou Amy triste - Vou sentir saudades

- Que isso, eu venho amanhã, eu acho

- Eu sei que o que você passou foi complicado, mas eu falei para tomar cuidado com ele

- Mas não é por causa disso que estou triste, é por causa de outra coisa

- Compartilha - pediu Lance

- Ainda não posso, preciso ter certeza, mas vocês vão ser os primeiros a saber

- O.k. - Lance olhou para Amy - Vai querer carona?

- Claro, e você vai de ônibus ou tem carro? - ela perguntou para mim

- Não, não. Eu vou a pé mesmo, gosto de me exercitar

- O.k. então, cuidado - falou Lance beijando minha bochecha

- Até amanhã, se eu vim

Sai da escola e fui andando calmamente pelas ruas que estavam movimentadas apenas pelos alunos que estavam começando a largar das outras escolas. Coloquei meu fone de ouvido e fiquei lembrando do que o Jason disse.

"Para mim elas são um lixo". Por que ele odiavam tanto as mulheres? Isso tinha que haver um motivo, mas pior que eu não conseguia achar a resposta. Não sozinha. Jason é um menino oculto, igual a mim, mas há uma diferença entre nós.

Eu, pelo menos, consigo repartir um pouco da minha felicidade com os outros. Ele não. Tudo no dia dele é raiva, sexo e brincadeiras nada gentis, como a que ele fez hoje com o professor.

As ruas começaram a ficar vazias e frias. Estava de tarde, mas o vento frio era tão forte que estava a ponto de congelar.

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Quando parei na frente da minha casa, percebi que não estava sozinha. Tinha alguém atrás de mim, eu podia sentir. Olhei para trás e não tinha nada. Eu só posso estar ficando louca literalmente.

Mas pensei melhor, hoje de manhã eu percebi que havia alguém atrás de mim e minha intuição não estava errada. Será que agora minha intuição também estava correta? Tinha alguém atrás de mim?

Balancei a cabeça tentando tirar isso da minha mente e peguei a chave dentro da minha bolsa. Agora eu não estava ficando louca, pudi jurar que tinha ouvido alguma coisa se mexer dentro do arbusto. Coloquei a bolsa no chão e fui andando calmamente até o mato.

- Mas o que você está fazendo ai? - perguntei dando um passo para trás

+20 comentários

Que briga feia

Acho que ele está pegando pesado demais, não acham?

Quem será essa pessoa que está escondida no arbusto?

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